Há cerca de dez dias, a Vale vendeu uma de suas minas de carvão na Austrália por menos de US$ 1. Na semana passada, a segunda maior produtora de carvão nos Estados Unidos, Alpha Natural Resources, pediu concordata. No dia seguinte foi a vez de a mineradora suíça Glencore suspender a produção de uma de suas minas de carvão na África do Sul. As más notícias não são casos isolados. Diante dos baixos preços, projetos de carvão estão sendo colocados em xeque ao redor do mundo, levando empresas a redirecionarem suas estratégias.
Há, basicamente, dois tipos de carvão: o térmico, usado na geração de energia, e o metalúrgico, usado no processo produtivo do aço. Mais da metade da produção mundial é de carvão térmico, cujo preço vem caindo, especialmente pelo crescimento do gás de xisto na matriz energética norte-americana. O plano de combate ao aquecimento global, recém-anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deve pressionar ainda mais as cotações para baixo.
Mas culpar Obama ou o gás de xisto pela suspensão de todos os projetos seria injusto, dizem especialistas. O vilão da queda de preços do carvão metalúrgico – foco de mineradoras como Vale e a anglo-australiana Rio Tinto – é a China, que, ao desacelerar seu crescimento, reduziu o consumo de aço e, consequentemente, dos insumos usados na siderurgia.
Segundo a consultoria americana Doyle Trading Consultants, a tonelada de carvão metalúrgico deve fechar o ano com queda de 67% ante o pico de 2011. Naquele ano, a tonelada foi negociada ao preço médio de US$ 291. A estimativa para 2015 é de preço médio de US$ 96,25. Os números consideram o preço na boca das minas australianas.
"Há também uma mudança no perfil de crescimento chinês, que tem se apoiado mais no consumo das famílias que nos projetos de infraestrutura. Isso reduz o apetite chinês pelo aço e pelo carvão", explica Alexandre Szklo, professor de planejamento energético da Coppe/UFRJ. "A indústria intensiva em capital vive ciclos de euforia e depressão. Quem olhasse o mercado de carvão dez anos atrás, veria grande chance de crescimento. A Vale tentava chegar mais perto da China. Fazia sentido investir em minas na Austrália".
A Vale comprou minas de carvão na Austrália em 2007. No mesmo ano, assinou contratos de concessão da mina de carvão de Moatize, em Moçambique. Nenhuma dessas investidas ficou imune. Das três minas australianas em seu portfólio, apenas uma (Carborough Downs) está em funcionamento. A mina de Integra Coal teve atividade suspensa em maio de 2014,por não ser mais rentável. E Isaac Plains foi vendida há dez dias, por menos de US$ 1, a uma empresa australiana. Em 2012, a japonesa Sumitomo tornara-se sócia da Vale ao comprar metade de Isaac Plains por cerca de US$ 318 milhões.
A Vale não comenta a discrepância de valores. Mas admite estar revendo a estratégia para o carvão.
Fonte: O Tempo (jornal diário de Belo Horizonte)
Contribuição de Marko Ajdaric
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