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Setor eletroeletrônico apresenta retração de 17%

Geral, 06 de Agosto de 2015 às 15:49h

O presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, apresentou, nesta quarta-feira em Curitiba, as projeções do setor eletroeletrônico para 2015, com base no desempenho e dados econômicos do primeiro semestre.

- A queda do consumo no mercado interno é muito grande e a repercussão disso é extremamente grave. Já tivemos uma perda de 15 mil empregos somente neste primeiro semestre de 2015. Isso é um número muito considerável, pois tínhamos 200 mil empregos no setor eletroeletrônico no país. Nós perdemos cerca de 8% de nossa força de trabalho - afirmou Barbato.

De acordo com o levantamento, o panorama e o prognóstico não são nada otimistas: o Produto Interno Bruto (PIB) deverá permanecer em queda, haverá diminuição da produção, continuará o crescimento do desemprego, da inflação e dos juros, uma redução do crédito de pessoa física e jurídica, retração dos investimentos, ainda mais queda do índice de expectativa do consumidor, uma deterioração do índice de confiança do empresário, resultados desfavoráveis das contas públicas e aumento do Risco Brasil.

Segundo a Abinee, a produção física do setor eletroeletrônico apresentou queda de 17% no primeiro semestre de 2015 em relação ao mesmo período do ano passado. Com isso, o faturamento real teve retração de 13%. Barbato revelou ainda que, se o mercado continuar como está, o setor eletroeletrônico deverá fechar o ano com retração de 5%, com o faturamento ficando em R$ 146,7 bilhões (R$ 153,8 bilhões em 2014).

- No primeiro semestre, tivemos uma queda de 26% nas vendas de produtos de informática e 12% na de celulares. Isso é muito significativo, pois trata-se de um segmento que, normalmente, apresenta números positivos, e não será em seis meses que conseguiremos repor.

Ao falar de perspectivas para este segundo semestre, Humberto Barbato citou o resultado da última Sondagem Abinee feita com cerca de 500 associadas da entidade em todo país. O levantamento mostrou que 40% das empresas falam em retração, 25% em estabilidade e 35% em crescimento.

Uma das orientações da Abinee para seus associados é investir nas exportações, especialmente com base no Plano Nacional de Exportações - lançado há cerca de um mês pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

- O plano de exportações do governo é uma alavanca importante para redesenhar o comércio exterior e aprofundar as ferramentas para ter uma maior inserção no mercado externo. Perdemos muito nos últimos anos e precisamos de diversos instrumentos que nos permitam chegar novamente nesses mercados, que são importantes para o Brasil - disse, afirmando ser preciso recuperar o mercado internacional e espaço perdidos nos últimos anos.

- Em 2006, as exportações do setor representavam 19,2% do faturamento, hoje não chegam a 10%. O país tem uma participação no mercado externo de manufaturados muito pequena e precisa aumentar. Nós precisamos nos aproximar novamente de grandes mercados, como dos EUA.

No ano passado, o Brasil exportou US$ 6,5 bilhões e neste ano, considerando o mesmo período, US$ 6 bilhões, revelando uma retração de 8%.

- A exportação é o único caminho hoje para desovar boa parte da produção, já que o Brasil perdeu mercados por causa da desvalorização exacerbada da moeda nos últimos anos, por causa de uma política monetária bastante irresponsável, que penalizou a indústria de uma maneira absurda e que agora está se revertendo, felizmente - declarou.

O levantamento apontou ainda que as importações terão retração de 13%, ficando em US$ 36 bilhões. Com isso, a balança comercial de produtos do setor apresentará um déficit US$ 30 bilhões.

Para Barbato, não existe mágica para o segundo semestre.

- Esperamos uma melhora, já que o segundo costuma ser melhor que o primeiro, até por causa das festas de final de ano. Mas, conseguiremos reverter as perdas do setor somente no final de 2016.

 

Mercado Livre: eletrônicos e computadores são os presentes mais pedidos para Dia dos Pais

Pesquisa do Mercado Livre realizada com 1.150 usuários brasileiros, em parceria com a Netquest, mostra que os presentes escolhidos pelos pais são equipamentos eletrônicos e computadores (25% cada), seguidos de smartphone (23%) e tablet (16%). Enquanto isso, os filhos informaram a intenção de presentear com roupas ou calçados (27% das menções), relógios e ferramentas (18% cada). A categoria preferida pelos filhos - a de roupas e calçados - ganhou apenas 14% das menções entre os pais como desejo de presente, perdendo ainda para viagens, com 15% das menções.

Este é o segundo ano seguido em que os filhos demonstram preferência por comprar artigos de moda para seus pais, sendo que neste ano esta categoria subiu quatro pontos percentuais em relação ao ano passado. Relógios e ferramentas (categorias não citadas em estudos anteriores), com 18%, superam as de smartphones e eletrônicos entre as preferências dos filhos para presentear seus pais, recebendo 17% e 14% das menções, respectivamente.

Um ponto de concordância entre os pais e os filhos está na forma de comemoração da data: ambos querem celebrar com almoço ou jantar em casa (37%) ou em um restaurante (29%); 17% farão uma viagem e 13% irão comemorar com um café da manhã caprichado em família.

A confiança dos brasileiros no comércio eletrônico vem crescendo. Entre os entrevistados, 66% já compraram o presente do Dia dos Pais pela internet. Além disso, 98% dos filhos disseram que comprarão o presente do pai pela internet em 2015, número que atingiu 93% no ano passado. Entre os motivos listados pelos usuários estão: encontrar melhores preços (80%), maior variedade de produtos (57%), comodidade (55%) e economia de tempo (46%).

Para efetuar a compra em sites de compras virtuiais, 96% apontam que o desktop, notebook ou netbook ainda são os dispositivos mais utilizados; 40% têm o smartphone como principal meio e 14% o tablet.

- Apesar do uso de smartphones e tablets para compra de produtos registrar um bom crescimento ano a ano, ainda é mais comum o usuário utilizar esses dispositivos para buscas e pesquisas, finalizando a compra pelo desktop - comenta Leandro Soares, diretor de Marketplace do Mercado Livre.

Na pesquisa, 36% dos filhos afirmaram que pretendem investir entre R$ 100 e R$ 250 na compra do presente de Dia dos Pais (em 2014 eram 34%). Já 31% serão mais econômicos e gastarão entre R$ 50 e R$ 100; 9% farão uma compra entre R$ 251 e R$ 350, 10% entre R$ 351 e R$ 500, 9% entre R$ 501 e R$ 1.000 e 5% acima de R$ 1.000.

O principal meio de pagamento é o cartão de crédito (42%), seguido pela plataforma MercadoPago, citada por 38%. O boleto bancário é opção para 18% e o depósito em conta é a escolha de 1% dos entrevistados. Para evitar dívidas futuras, 57% dos respondentes afirmaram que o pagamento será à vista.

A pesquisa foi finalizada com a pergunta: "Você presenteará seu avô também?" 31% responderam que sim.

Com informações do monitormercantil.com.br
Contribuição de Marko Ajdaric

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