Ao contrário de praticamente todo o setor automotivo nacional, os trabalhadores do Complexo Ford de Camaçari têm motivos de sobra pra comemorar. Após meses de negociação, foi fechado um acordo muito importante que contempla: reajuste salarial de 10%; PLR de R$ 16.063,66; abono de R$ 3.600,00; e tíquete com 10% de reajuste; além da renovação da jornada de trabalho de 40 horas. Para 2016, ficam garantidos os valores reajustados (veja na tabela), o que permite ao trabalhador uma segurança contra a crise da economia que assola o Brasil. Em 2017, quando as negociações serão retomadas, a tendência é que o país esteja em pleno processo de recuperação econômica. Ou seja, durante a crise atual, os trabalhadores da Ford estão protegidos.
O acordo, aprovado pelos trabalhadores dos três turnos em assembleias realizadas na última terça-feira (4), é um retrato do quanto a luta dos funcionários da Ford tem avançado nos últimos anos. Enquanto montadoras instaladas em São Paulo, por exemplo, demitem, congelam salários e até reduzem benefícios, no Complexo Ford Camaçari a realidade é outra. É clara a evolução econômica dos trabalhadores, com acordos que garantem estabilidade econômica e a empregabilidade.
Desde o ano passado, milhares de trabalhadores de montadoras do Sudeste/Sul do país já demitiram ou entraram em processo de lay off. Apenas entre janeiro e abril deste ano, cerca de 3,6 mil trabalhadores do setor perderam o emprego.
Montadoras como a Mercedes-Benz e Volkswagen, no ABC paulista, fizeram corte de pessoal e entraram em férias coletivas. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) estima que 25 mil trabalhadores do setor no país estão com contratos de trabalho suspensos.
Já para os trabalhadores do Complexo Ford, em Camaçari, o cenário é outro. Na base de muita luta e determinação do Sindicato e dos trabalhadores, com apoio fundamental da CTB, os avanços econômicos se tornaram uma realidade. Mesmo com toda a instabilidade econômica, os trabalhadores em Camaçari superaram as adversidades e conquistaram ganhos significativos. “O acordo demonstra nossa força e o quanto os metalúrgicos de Camaçari se tornaram referência para todo o Brasil em termos de luta e conquista” diz Júlio Bonfim, presidente do Sindicato.
É preciso também ficar atento à importância do acordo para todas as verbas salariais dos trabalhadores. “O reajuste reflete não apenas no salário, mas também nas férias, no 13º salário, FGTS e muito mais. São ganhos muito mais profundos que um simples acordo salarial. É um ganho que se reflete de diversas maneiras no bolso do trabalhador”, explica Júlio.
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