Em um momento de aparente refluxo da luta dos trabalhadores brasileiros, em que cresce o individualismo e em que, como resultado do neoliberalismo há flexibilização e redução de direitos trabalhistas, é fundamental lembrar da mensagem aos sindicalistas, deixada pelo jornalista, escritor e ex-metalúrgico Vito Giannotti: "Está muito difícil mobilizar para a luta, mas a nossa munição é o conhecimento. Temos que estudar muito e trabalhar muito, também, para sermos bons lutadores. E o SindBancários está fazendo um grande esforço de formação". Parceiro constante da nossa entidade, fundador do Núcleo Piratininga de Comunicação (RJ), Giannotti faleceu na madrugada do último sábado, 25/07, aos 72 anos.
O incentivo às atividades da nossa entidade ocorreu ao final do curso "Diálogos par a Ação 2013", realizado no auditório da Casa dos Bancários. No dia 29 de novembro daquele ano, durante quatro horas, o professor expôs um conjunto de práticas que formam um verdadeiro sindicalista e traçou uma síntese: "A luta é diária e nunca termina".
Presença e comunicação qualificada
Nascido na Itália, tendo chegado a São Paulo aos 21 anos, em 1964, Vito foi metalúrgico e no decorrer da vida ajudou a construir a pesquisa e memória das lutas sociais e operárias. No auge da ditadura militar, fez parte da resistência ao autoritarismo e pelas liberdades democráticas, além de enveredar pela busca do conhecimento constante. Ao longo das décadas, fascinado pela comunicação, era um crítico duro da falta de comunicação de qualidade, até para disputar a atenção dos trabalhadores com a grande mídia hegemônica.
Neste sentido, não poupava críticas a sindicatos e movimentos que não valorizavam – ou não entendiam – a necessidade de comunicação qualificada, com linguagem respeitosa e clara, com elegância e com profissionalismo.
Autor de mais de duas dezenas de obras, suas palestras mostravam sempre seu caráter intenso, propositivo e agregador. Uma de suas frases já virou um clássico: "A luta continua, porra!".
Diálogos para a Ação
No Diálogos para a Ação 2013, o pensador recomendou aos bancários e sindicalistas gaúchos um conjunto de práticas, na disputa com o pensamento conservador da grande mídia.
"O sindicalista tem que estar ligado no que o inimigo está escrevendo (jornais, TV, internet, etc). No que está representando (novelas, filmes)", dizia. Ele explicava: "É simples. O bancário é um sujeito normal, como todo o trabalhador. E você não vai chegar chamando o trabalhador de companheiro, tem que perguntar o nome... Você começa falando de futebol ou da novela e, quando vê, já está falando sobre a luta dos trabalhadores e conversando sobre greve", exemplificou.
A luta sindical não é difícil, afirmava, mas exige dedicação e trabalho. "Para o sindicalista, é essencial estar todos os dias em contato. No caso dos bancos, é preciso fazer visita por rodízio em todas as unidades, diariamente. Tem que ouvir e conversar". Vito Gianotti citava atividades fundamentais aos sindicatos, como aglutinação, formação constante, estimulo à iniciativas de auto-organização e de comunicação. E – ele reforçava – com a presença pessoal do sindicalista. "Sem ela, os folhetos, jornais, o site, o facebook e todas as outras ferramentas de comunicação tecnológica deixam de fazer sentido completo", ensinou.
Para o presidente do Sindicato dos Bancários, Everton Gimenis, a morte de Vito é uma perda muito forte para o sindicalismo brasileiro e para toda a luta dos trabalhadores. "Da nossa parte, tivemos o prazer de usufruir de seus ensinamentos e da força que ele imprimiu ao sindicalismo no nosso país e no Rio Grande. O SindBancários teve a sensibilidade de chamá-lo para aprimorar e qualificar ainda mais nosso trabalho e nossas ferramentas de comunicação e análise. Suas lições ficam e vão continuar nos inspirando", disse o presidente.
Causas naturais
Gianotti morreu de causas naturais, na sua casa, no Rio de Janeiro. Além da esposa e da enteada, deixa o filho Taiguara, que vive na Itália. Vito foi velado no Sindpetro, na capital fluminense, na tarde do domingo (26)
Fonte: Sindicato dos Bancários de Porto Alegre
Contribuição de Marko Ajdaric (amanhã, cartum em homanegem a Vito Giannotti no site dos Bancários de Itabuna www.bancariositabuna.com)
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