O município de Ipatinga, no Vale do Aço, assim como toda a região, enfrenta desde 2009 o enfraquecimento da siderurgia, atividade em que se apóia praticamente toda a economia local.
Este ano, porém, o mergulho na crise ganhou profundidade, uma vez que, além da desvalorização do aço, a indústria naval e de óleo e gás também atravessam dificuldades que devem se manter no longo prazo.
Fornecer para a indústria do petróleo foi uma tentativa de diversificar a economia e diminuir a dependência da Usiminas, mas a crise na Petrobras inviabilizou esse plano. Na siderurgia, a queda no consumo de aço por seus principais clientes, como a indústria automotiva, exige ajustes nas despesas da Usiminas.
Com perspectivas de aumento, as demissões na indústria siderúrgica e em seu cinturão de fornecedores já se confirmou, com reflexos sentidos no comércio e no poder público.
De janeiro a maio deste ano foram recebidos pelo Executivo R$ 61 milhões em ICMS, montante R$ 8 milhões inferior ao de igual período de 2014. 'Quando a Usiminas reduz sua atividade, as empreiteiras reduzem também. A prefeitura arrecada menos e o comércio vende menos. Não tem como fugir disso, uma vez que é a maior empregadora da cidade', disse a prefeita, Cecília Ferramenta.
No comércio, placas de 'aluga-se' são cada vez mais comuns, com fechamento de lojas ou mudança para pontos comerciais menores. 'O comércio não é uma ilha. Se o setor de aço vai mal e a alternativa que se tentou não deu certo, vamos ter impacto. É um efeito cascata, com a redução do poder de compra dos trabalhadores', disse o presidente da Associação Comercial de Ipatinga (Aciapi), Luís Henrique Alves.
O menor poder compra é explicado pelo diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Ipatinga (Sindipa), Geraldo Magela. 'A Usiminas alega que por causa da crise não pode dar reajuste real na campanha salarial, e esse argumento é acompanhado pelas terceirizadas', disse.
GANHO
Magela informou que na campanha salarial 2013/2014 o ganho real foi de 0,58% na Usiminas e seguido exatamente igual pelas outras empresas da base do sindicato. De 2014/2015 foi apenas a correção da inflação.
A Usiminas fez uma proposta de redução da jornada de trabalho com equivalente redução salarial aos trabalhadores. O sindicato já recusou.
'A estimativa atual de queda no consumo aparente de aços planos no Brasil é de 6% frente a 2014. Em face deste cenário econômico adverso, a Usiminas permanece trabalhando em redução de custos, com foco maior no aumento da eficiência operacional de suas linhas de produção e com o objetivo de preservar, ao máximo, seus trabalhadores', disse a diretoria da empresa, em nota.
Adaptamos texto de Bruno Porto publicado pelo Hoje em Dia, jornal diário de Belo Horizonte
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