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Concessionárias baianas de automóveis já demitiram 6 mil

Geral, 09 de Julho de 2015 às 14:46h

Com a queda de 20% nas vendas de veículos no estado - no comparativo entre o primeiro semestre deste ano e o acumulado do ano passado -, as concessionárias baianas seguem a tendência da indústria nacional e demitem em massa.
 
Desde o início do ano, aproximadamente, 6.000 trabalhadores já perderam os empregos nas 388 lojas filiadas, em todo o estado, ao Sindicato das Concessionárias e Distribuidores de Veículos do Estado da Bahia (Sincodivba). As empresas estão dispensando, em média, 35% de seus quadros.
 
Segundo o presidente do Sincodivba, Raimundo Valeriano, nem mesmo o apelo tradicional das vendas de fim de ano deve conter as demissões no ramo. A estimativa é que as empresas encerrem 2015 com um acumulado de 8.000 demissões.

 Em Salvador, um dos casos mais graves é o encerramento das atividades de três concessionárias de um mesmo grupo (Americar, Tratocar e Samurai), gerando cerca de 100 demissões.

"Infelizmente, com a retração econômica e, consequentemente, a alta dos juros, o consumidor fica receoso de apostar em financiamentos de longo prazo, com impacto não só para as indústrias que também estão demitindo em massa, como para as vendas diretas nas lojas", diz Valeriano.
 As demissões vêm ocorrendo também nos casos de venda das empresas, em pacote geralmente seguido de corte de pessoal.

 "É tanta demissão que o sindicato não está tendo condição de fazer as homologações nos prazos normais previstos", confirmou Jorge Fonseca, presidente do Sindicato dos Empregados em Administradoras de Consórcio e Vendedores de Consórcio, Empregados e Vendedores em Concessionárias de Veículos, Distribuidores de Veículos e Congêneres do Estado da Bahia (Sindcon-BA).

Segundo Fonseca, entre os casos mais graves está o Grupo Americar. "Alguns funcionários antigos foram mantidos, por conta dos altos valores de indenização, mas estão há cerca de 120 dias sem receber os salários, e o sindicato é que está dando cestas básicas para ajudar no sustento das famílias".

No interior, segundo Fonseca, a situação é ainda mais grave nos municípios afetados pela estiagem.

Fonte: Sindcon
Contribuição de Marko Ajdaric

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