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Protesto de metalúrgicos acaba com companheiros detidos

Geral, 01 de Junho de 2015 às 11:20h

Um protesto de trabalhadores acabou com várias pessoas detidas no acesso ao Porto de Suape, Litoral Sul de Pernambuco, na manhã desta sexta-feira (29). Os metalúrgicos, que convocaram o ato para reclamar de demissões em massa no complexo portuário, alegam que as prisões foram feitas de maneira arbitrária após um confronto com a Polícia Militar. A corporação, por sua vez, afirma que houve 'desacato'.

Os detidos foram levados para a Delegacia do Cabo de Santo Agostinho para que a polícia pudesse registrar o boletim de ocorrência (B.O.). Mas, como o processo ainda está em andamento, a Polícia Civil não confirmou o número de detidos nem suas acusações. A assessoria de comunicação da PM informou que foram 14 detidos por desacato, resistência, dano ao patrimônio e desobediência. Já o Sindicato dos Metalúrgicos afirmou que 13 pessoas foram presas de maneira arbitrária, após um confronto com os policiais militares.

"Quando chegamos à Curva do Boi, já havia muitos policiais. Eles tentaram nos coibir com agressões, mas resistimos e fechamos a via. Por volta das 9h, o estaleiro tentou liberar a passagem dos trabalhadores por uma pista que ainda está inacabada, com uma ponte rachada. Os trabalhadores se recusaram a ir, no princípio; mas, pressionados, acabaram entrando nos ônibus. Nossos diretores foram negociar, mas, quando voltaram, foram presos arbitrariamente", falou Henrique Gomes, que espera a liberação dos trabalhadores na Delegacia do Cabo e reclama da atuação da Polícia Militar. "Não foi a primeira vez que eles agiram assim", diz Gomes.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos ainda contou que o protesto desta sexta-feira foi motivado por uma onda de demissões em massa nos estaleiros Atlântico Sul e Promar, do Complexo Portuário de Suape. "Começaram a demitir depois do escândalo da [operação] Lava Jato e hoje os trabalhadores vivem um clima de incerteza muito grande. Desde outubro, foram mais de 1,7 mil demissões. Só nos últimos 15 dias, depois da visita de Dilma, foram 300. As pessoas vão trabalhar sem saber se voltarão empregados para casa", relata Gomes. O protesto ainda critica o fim dos investimentos em Suape.

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, a categoria também apoia o movimento convocado pelas centrais sindicais de todo o país para a tarde dea sexta-feira passada.

Adaptamos de Guia do Oeste
Contribuição de Marko Ajdaric

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