Entre os dias 20 e 21 de maio, acontece o 1º Seminário Internacional sobre Cultura da Violência contra as Mulheres, no Sesc Pinheiros, em São Paulo. O evento reúne lideranças e especialistas de várias partes do mundo e busca provocar um debate inédito sobre o tema para estimular um pacto global de não-tolerância à perpetuação da cultura de violência contra as mulheres e da violação dos seus direitos humanos.
A categoria sindical participa do Seminário com a dirigente e representante da Secretaria da Mulher da Fitmetal Valéria Possadagua. De acordo com a dirigente, o Seminário ocorre em um momento estratégico da democracia, onde o Congresso Nacional eleito não representa os anseios do povo e muito menos as bandeiras de lutas das mulheres, como aborto, assédio sexual, paridade de salários em relação aos homens e violência doméstica. Mesmo assim, Valéria indica que as discussões ajudam a ver que existem outros países em situação mais atrasada.
“É gratificante saber que nós, mulheres brasileiras, já avançamos bastante na construção de políticas de enfrentamento a violência em comparação a países que ainda não realizarem os debates por questões religiosas e políticas”.
No entanto, ela aponta que a cultura de violência contra a mulher é disseminada por todo o planeta, sendo que a falta de compreensão sobre as desigualdades de gênero leva à negação do acesso a direitos e gera ainda mais violência contra a mulher. “O nosso papel é ajudar a construir uma agenda unificada com todas as trabalhadoras do Brasil e do mundo, norteando a nossa luta em prol da construção de um mundo mais justo com aquelas que têm até quíntupla jornada de trabalho e ganham até 70% do salário dos homens, mesmo tendo mais anos de estudos e realizando as mesmas funções”, diz.
A representante das mulheres da Fitmetal também lembra que o movimento sindical ainda é um espaço majoritariamente masculino, onde as instituições ainda não contemplam as mulheres em cargos de poder. “Há um grande desafio para nós, mulheres dirigentes. Colocar a mulher dirigente no centro deste debate priorizando a sua capacitação e formação para que elas possam ascender à presidência. Devemos começar por dentro das estruturas sindicais para que ela reflita na sociedade”.
Nisso, Possadagua destaca a importância da atuação da Fitmetal e do movimento sindical brasileiro em promover debates sobre a cultura da violência contra as trabalhadoras, “Utilizamos as redes sociais, boletins da categoria, sites, para divulgarmos as nossas lutas, e incentivamos as trabalhadoras a se engajarem na luta pelo fim da violência. Além de realizarmos diversos encontros de trabalhadoras onde debatemos a problemática que hoje afeta a todas”, aponta.
Para finalizar, a dirigente coloca que o papel da mulher nesta sociedade patriarcal é tentar desconstruir a ideia de que "Se falamos como homens, temos que apanhar como tal", em referência ao deputado Roberto Freire que agrediu a também deputada Jandira Feghali. “Nós falamos como mulheres e lutaremos como mulheres, até que todas sejam livres!”, exclama Valéria Possadagua.
Abertura
A abertura do Seminário contou com a participação da ministra de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, Eleonora Menicucci; da representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman; e da representante da Fundação Ford no Brasil, Nilcéa Freire. A palestra inicial foi ministrada por Lori Heisi, professora da London School of Hygiene & Tropical Medicine que apresentou uma análise sobre as causas e a prevalência da violência por parceiro íntimo em diferentes países.
O Seminário é organizado pelo Instituto Vladimir Herzog e o Instituto Patrícia Galvão, em parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres do Governo do Brasil, a ONU Mulheres e a Fundação Ford.
Fonte: FITMETAL
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