Esta matéria do dia 30 de abril da revista gaúcha Amanhã tem - sim - um viés empresarial, até por que ela se volta para este segmento de leitores. Mas consideramos que trás dados relevantes e bem elencados de uma realidades pouco difundidad no Brasil. Desejamos aos metalúrgico uma boa leitura.
Duas trajetórias fundamentais na história da Dana Holding Corporation remetem ao ano de 1899. Ambas, em determinado momento, convergiram para a consolidação da marca no mercado brasileiro. A primeira delas começa na Cornell University, em Nova York. Foi em 1899 que a escola de engenharia recebeu o aluno Clarence Spicer, autor de um projeto que revolucionaria o sistema de transmissão para veículos motorizados – com o emprego de um inédito modelo de junta perpendicular. A chamada "junta universal" foi registrada em 1903 e passou a ser produzida já no ano seguinte, com a fundação da Spicer Universal Joint Manufacturing Company. Começava, então, a história da Dana. -
Utilizada ainda hoje, a junta universal – ou cruzeta do cardan – possibilitou o surgimento do transporte de carga motorizado e tornou-se padrão internacional entre os fabricantes de veículos. Em 1914, a Spicer recebeu o investimento do advogado Charles Dana, que reconheceu potencial no empreendimento e realizou um aporte para tornar-se sócio de Clarence. Com o novo comando comercial, a Spicer entrou de vez no caminho do crescimento – uma trilha que já se estende por mais de cem anos. Charles Dana assumiria a presidência da companhia em 1916, alterando sua denominação para Dana Corporation – enquanto a linha de produtos permaneceu com o nome Spicer. Com sede em Maumee, em Ohio, nos Estados Unidos, a Dana é a líder mundial na fabricação de tecnologias de força (componentes térmicos e de vedação) e produtos de linha de transmissão. Além disso, é um fornecedor líder de peças originais para montadoras de veículos, abastecendo praticamente todas as empresas do setor. Com operações em 26 países, onde emprega aproximadamente 23 mil colaboradores, no Brasil a Dana possui unidades em Gravataí (RS), Sorocaba e Diadema (SP).
Coincidência do destino
A história da Dana no Brasil também encontra um marco em 1899. Enquanto Clarence Spicer começava a revolucionar o mundo dos transportes, a cidade germânica de Eblag via nascer Ricardo Bruno Albarus. Especialista em desenho e mecânica, o imigrante chegou a Porto Alegre em janeiro de 1923, egresso de uma Alemanha então imersa em grave crise econômica. O conhecimento técnico lhe garantiu emprego numa oficina de precisão – ramo no qual abriria um empreendimento, ao lado de dois colegas. A associação, feita em 1928, durou até 1947, quando Albarus se uniu ao genro e fundou a Albarus & Cia.
Pioneira e única fabricante brasileira de cruzetas – peça do sistema de transmissão dos automóveis –, a Albarus sempre perseguiu o aprimoramento técnico e a elevação da qualidade de seus produtos. Essa propensão levou a Albarus a buscar expertise através de parcerias internacionais. Em 1955, a Albarus firmou um acordo de assistência técnica com a Spicer Manufacturing, uma divisão da Dana Corporation. Era o primeiro impulso para o salto que aconteceria em 1957, quando a Dana adquiriu ações da Albarus. Era a primeira vez que a Dana realizava um aporte fora dos Estados Unidos – cedendo maquinário e tecnologia em troca de participação. Com a injeção de recursos, a Albarus passou a fabricar produtos com tecnologia Spicer no Brasil e a registrar uma vigorosa expansão nas décadas seguintes. A associação entre Dana e Albarus pode ser considerada um desmembramento de políticas de incentivo governamentais ao então incipiente setor automobilístico nacional. A história de solidificação da marca Dana está diretamente relacionada à estruturação do próprio mercado de veículos no Brasil – do qual a companhia sempre foi protagonista. Em 1983, a Albarus já tinha a maior parte de seu capital pertencente à Dana. Naquele ano, a revista Exame elegeu a Albarus a melhor empresa de autopeças do país.
A partir da década de 1990, a Dana deu início à transição da marca Albarus. Reconhecida mundialmente pela excelência de seus produtos, a Dana ostenta uma assinatura global no setor automobilístico. Em vários países, a companhia atendia por nomes diferentes. O reposicionamento gradual da marca começou por volta de 1993, quando a empresa adotou a denominação Dana-Albarus no Brasil. Em 1998, o nome Albarus foi definitivamente suprimido da fachada, e a companhia passou a apresentar-se como Dana – alinhando sua imagem à das demais operações espalhadas pelo mundo.
Apesar disso, o nome Albarus não desapareceu. Sinônimo de qualidade, confiança e tradição, a marca hoje batiza uma das linhas oferecidas pela Dana. Atualmente, a empresa disponibiliza duas famílias de produtos: a Spicer – com artigos premium, direcionados a montadoras – e a Albarus – uma linha estratégica, de reposição. Passados mais de 15 anos anos desde a mudança, a Albarus ainda possui uma lembrança de marca altíssima junto ao público brasileiro, especialmente no Rio Grande do Sul – onde fica a matriz da Dana na América do Sul. A identidade da marca Dana está alicerçada em quatro pilares conceituais. O primeiro deles é a integridade e a honestidade em todos os processos. Esses valores também estão refletidos no segundo fundamento da empresa, a boa cidadania corporativa – uma conduta relacionada ao respeito com o meio ambiente, às condições de trabalho dignas e à lisura das relações nos mais diferentes níveis da companhia.
Comunicar-se abertamente e ser transparente com todos os seus públicos é outro dos princípios que norteiam a atuação da Dana. O conjunto de atributos é completado pela melhoria contínua: a Dana é uma empresa orientada pela sustentabilidade e pela evolução de suas atividades enquanto indústria de transformação. Por ser uma empresa focada no mercado corporativo, com produtos eminentemente técnicos, a Dana prioriza estratégias de marketing dirigidas à indústria automobilística. As ações incluem a participação em feiras e a veiculação da marca em publicações do segmento – além de inserções pontuais em edições focadas no mercado corporativo, como a Revista Amanhã. A Dana também procura fomentar a cultura local com investimentos através de leis de incentivo estaduais que apoiam projetos socioculturais. Dentro dessa política, é possível citar algumas iniciativas de destaque, como o projeto Concertos Dana – elaborado em conjunto à Orquestra de Câmara da Ulbra há mais de uma década – e a Rede Parceria Social – uma iniciativa governamental de estímulo à alimentação saudável, com benefício a entidades assistenciais.
Forte como diamante
A identidade visual atual da Dana surgiu em meados da década de 1960 e manteve-se praticamente inalterada. Colorida em azul e preto, a marca traz o lettering envolto por um losango estilizado, que sugere o recorte de uma peça tridimensional e remete-se à forma de um diamante. Raro e inquebrável, o diamante inspira atributos como a qualidade, a durabilidade e o valor diferenciado da Dana.
Conservar as posições de liderança que ostenta no mercado é o objetivo primordial da Dana. Nesse sentido, em 2011, a empresa anunciou o seu maior investimento já realizado no Brasil, com o acordo firmado junto à paulista Sifco – principal fabricante de eixos dianteiros do país. O negócio envolveu valores na casa dos US$ 150 milhões e concedeu à Dana os direitos sobre a capacidade produtiva e a carteira de clientes da Sifco. O acordo estratégico alçou a Dana ao posto de maior fabricante brasileira de driveline para veículos comerciais – termo referente ao sistema de eixos veiculares. Atualmente, cerca de 95% dos caminhões produzidos no país estão equipados com eixos cardan e dianteiros Dana.
Alicerçada no pioneirismo, a marca segue em busca da evolução tecnológica para oferecer produtos que deem maior sustentabilidade aos clientes e ao meio ambiente. Fundamentais para o desenvolvimento da indústria automobilística mundial, as soluções inovadoras e o espírito "albariano" até hoje presente na Dana levam adiante uma história singular.
Contribuição de Marko Ajdaric
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