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Greve histórica dos metalúrgicos faz 35 anos

Geral, 04 de Maio de 2015 às 19:40h

Dia Internacional do Trabalho; no Brasil, també é lembrado pela manifestação trabalhista que ocorreu no Estádio Primeiro de Maio, quando, em 1980, cerca de 150 mil trabalhadores exigiam a autonomia e liberdade sindical, garantias de emprego, direito de greve e salário mínimo unificado.

Para relembrar os acontecimentos da época, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC promoveu, na última quinta-feira (28), um simpósio sobre os 35 anos da greve geral dos trabalhadores, em 1980. O evento contou com a presença de alguns dos principais líderes sindicais e trabalhistas do período.

Presente no evento, o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, contou que o sindicato buscava, além de melhorias nas condições de trabalho, conscientizar os trabalhadores. "Nunca nós fomos tanto na porta de fábrica. Nós nunca desafiamos tanto os trabalhadores, era muito desafio, até os trabalhadores cederem a nossa proposta", disse Lula.

Dez dias depois do movimento, no dia 11 de maio, os trabalhadores encerraram a chamada "Greve dos 41 dias". A greve teve início no dia 1º de abril e reuniu 60 mil trabalhadores também no estádio da Vila Euclides em busca de acordo salarial.

Segundo Lula, as manifestações de maio de 1980 foram mais importantes do que as de 1979 apesar de não terem conseguido o objetivo. "A de 1979, nós ganhamos muita coisa e saímos do estádio como traidores. A de 1980, nós não ganhamos nada e saímos como heróis pela evolução da consciência política dos trabalhadores", explicou.

As greves de 1979 se iniciaram no dia 12 de maio, quando os trabalhadores da Scania começaram uma luta que, entre as principais reivindicações, estava a de aumento de 20% no salário. Após o movimento, trabalhadores de outras empresas também aderiram às greves. A Scania ofereceu 6,5% de aumento para os grevistas, mas a proposta foi rejeitada. Após isso, sindicato e empresa fecharam acordo para que fosse dado 15% de aumento salarial para os funcionários.

Para o procurador geral do trabalho, Luiz Antônio Camargo de Melo, que também estava no simpósio, o avanço do Brasil se deve pelo fato dos trabalhadores terem ido para as ruas. Segundo ele, a greve de 1980 não trouxe conquista salarial, mas "deu ao Brasil a oportunidade de avançar democraticamente, a oportunidade de derrotar a ditadura, a oportunidade de votar e eleger seus governantes", afirmou.

Adatamos de reportagem produzida por estagiários da Universidade Metodista de São Paulo (Não esquecendo dos laços desta com a Metodista de São Bernardo)

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