Os 300 trabalhadores terceirizados da metalúrgica Norship Metal Indústria Ltda, que foram demitidos dos estaleiros Atlântico Sul (EAS) e Vard Promar, denunciam a falta de pagamento das verbas rescisórias e indenizatórias, além dos depósitos atrasados do INSS e do FGTS. Cansados do jogo de empurra entre a Norship, os estaleiros, e a Transpetro (subsidiária da Petrobras), eles se reúnem nesta quinta-feira (9) com o Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco (Sindmetal-PE) para formalizar à queixa que será protocolada no Ministério Público do Trabalho (MPT).
De acordo com Henrique Gomes, presidente do sindicato, os trabalhadores da fábrica da Norship decidiram paralisar as atividades por tempo indeterminado, para protestar contra a falta de pagamento das indenizações trabalhistas dos colegas contratados pelos dois estaleiros. Segundo ele, desde que estourou a crise do 'Petrolão', a Transpetro deixou de pagar os contratos que tem com os estaleiros nacionais do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef), cujos investimentos com recursos da Petrobras totalizam R$ 11,2 bilhões para a construção de 49 navios e plataformas de petróleo.
Gomes diz que o EAS tem R$ 380.000 para receber da subsidiária da Petrobras. Já o estaleiro Vard Promar teria um crédito de R$ 100.000 dos contratos para a construção de navios gaseiros. No total, o sindicalista estima a dívida de R$ 600.000, incluindo os insumos adquiridos dos fornecedores. 'A situação está difícil porque a Norship cortou até o café da manhã e o almoço dos metalúrgicos lotados na fábrica do Cabo'.
Anderson Maciel Alves, 38 anos, é um dos metalúrgicos demitidos do Estaleiro Atlântico Sul. Ele é natural do Rio de Janeiro e se mudou para Pernambuco há cinco anos, em busca das oportunidades de emprego no porto de Suape. Alves trabalhava na área de produção, como supervisor de solda. Foi demitido em dezembro e até hoje não recebeu as verbas indenizatórias da empresa. 'Hoje o dono da Norship falou que não tem dinheiro e mandou a gente procurar a Justiça do Trabalho'.
Desempregado, Anderson conta com a ajuda do cunhado para se alimentar e pagar o transporte. 'Estou correndo atrás para receber. Pelas minhas contas são R$ 6.300, sem contar com o FGTS e o INSS. Já me livrei de ser preso porque atrasei a pensão alimentícia', desabafa. Assim como os demais operários, ele espera ansioso a reunião de hoje no sindicato para resolver o impasse.
O Diario procurou os dois estaleiros para comentar as denúncias, mas até o momento as assessorias não encaminharam os posicionamentos. A direção da Norship também foi procurada, mas o telefone da empresa estava indisponível porque a fábrica não funcionou.
Fonte: Diário de Pernambuco
Contribuição de Marko Ajdaric
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