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Montadoras de São Paulo congelam salários e PLR

Geral, 31 de Março de 2015 às 15:30h

 

As montadoras de São Paulo deram mais uma prova de arrocho. Aproveitando o momento de instabilidade econômica no cenário nacional, as empresas empurraram goela abaixo dos sindicatos um acordo prejudicial aos trabalhadores: salários congelados até 2016. Em 2017, apenas a reposição da inflação.

Esse tipo de acordo imposto pelas montadoras em SP é um retrocesso e representa mais um movimento das empresas, em nome da “crise da economia”, para fechar os cofres e retirar benefícios dos trabalhadores, inclusive o emprego. Nos últimos meses, montadoras de São Paulo e Minas Gerais, por exemplo, reduziram de forma significativa o quadro de funcionários. Foram milhares de demitidos ou em férias coletivas.

Na prática, o congelamento de salário é uma troca injusta: retira o reajuste salarial (que reflete em todas as verbas salariais, como férias e 13º) para dar em troca um abono de R$ 8 mil que rapidamente se esgota. Em 2016, no segundo ano de congelamento salarial, as montadoras vão pagar um abono ainda menor, de apenas R$ 1.700,00. Diferente de acordos que garantem aumentos salariais graduais, acumulativos e permanentes do trabalhador.    

Nas montadoras de SP, a PLR também está congelada até 2016, inclusive a Ford, que só vai conceder o reajuste da inflação em 2017. Esse acordo estrangula o bolso do trabalhador, impedido o crescimento salarial.

Na ponta do lápis, apesar da tentativa de maquiagem, a PLR paga pelas montadoras de SP é menor do que a recebida pelos metalúrgicos de Camaçari. A PLR conquistada em Camaçari nos últimos anos é a melhor do país. E há uma explicação pra isso: luta, determinação e união do Sindicato com os trabalhadores, ano a ano, para garantir mais dinheiro no bolso e melhores condições de vida. Luta de forma independente de governos e patrões.

CAMAÇARI
Na primeira semana de abril, o Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari inicia as negociações deste ano e o objetivo é manter o crescente ganho dos trabalhadores na PLR, abono, e pela renovação da jornada de trabalho de 40 horas semanais, entre outras reivindicações.

“Contamos com o apoio em massa do chão de fábrica para ajudar no avanço das negociações. A PLR, o abono e a renovação da jornada são formas de reconhecer a contribuição importante dos trabalhadores para a geração de lucro da empresa. É preciso dividir a riqueza e é isso que temos conseguido fazer em Camaçari”, explica Júlio Bonfim, presidente do Sindicato.


 

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