A empresa metalúrgica Induscar Caio, a maior montadora de ônibus em Botucatu (100 quilômetros de Bauru), concedeu férias coletivas a 400 operários, segundo informou o sindicato dos metalúrgicos daquela cidade.
O impacto negativo na economia atingiu também a Tecnaut, indústria e comércio de metais instalada no município. A empresa já decretou 32 demissões somente neste ano e mais 60 estão previstas para os próximos dias. 'Infelizmente, não enxergamos perspectivas positivas", lamentou o gerente industrial da Tecnaut, Cláudio Roberto Vieira.
De acordo com tesoureiro do Sindicato dos Metalúrgicos em Botucatu, José Carlos Lourenção, o fator determinante para o início da crise foi a redução do Finame - linha de financiamento do banco para a compra de máquinas e equipamentos – para o setor de caminhões e ônibus. A medida foi anunciada pela presidente Dilma Rousseff, antes do Carnaval.
'Caiu de 80% que eram concedidos às metalúrgicas para 50%", pontuou. Lourenção ressalta ainda que, desde o início do ano, o governo federal parou de adquirir ônibus escolares. 'Além disso, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, decretou que todos os ônibus devem ter ar condicionado', acrescentou.
As férias coletivas na Induscar Caio, que hoje possui cerca de 4.000 operários, foi anunciada na terça-feira. Em princípio, segundo o sindicalista, serão 10 dias de dispensa. 'A empresa vai fazer rodízio de férias', disse Lourenção.
Segundo ele, a montadora já teria demitido ao menos 230 operários nos últimos dias. Já a diretoria da Induscar alega que parte dos metalúrgicos está trabalhando normalmente, enquanto o restante permanece em férias (não foi informado a quantidade de operários dispensados).
Para tentar minimizar o problema, o sindicato pedirá auxílio para a prefeitura. 'Vamos tentar unir forças na cidade, porque entendemos que trata-se de um impasse político. Uma das ideias é pedir que o município conceda cursos profissionalizantes gratuitos aos metalúrgicos. Seria uma forma de garantir preparo para que eles consigam trabalho em outras empresas, caso seja necessário', finalizou.
O prefeito de Botucatu, João Cury Neto, confirmou que é possível oferecer os cursos gratuitamente. 'Assim podemos oferecer qualificação, estrutura e suporte aos trabalhadores', garantiu.
Fonte: adaptamos de Jornal da Cidade (Bauru)
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