Caos na usina mostra que a preocupação da Usiminas não é com a vida dos trabalhadores, mas com os lucros, diz a matéria do boletim do Sindicato dos Siderúrgicos e Metalúrgicos da Baixada Santista, publicado ontem, que continua o relato:
Não foi só a chuva. No último dia 23 de janeiro (sexta-feira) ocorreu um vazamento de dióxido de enxofre numa empresa de fertilizantes do polo industrial de Cubatão. O acidente levou pelo menos 90 pessoas para os hospitais das cidades da região e as vitimas apresentaram sintomas como irritação nos olhos, garganta, vômito e dores pelo corpo.
Caos total dentro da usina
Devido à gravidade da situação, várias empresas dispensaram milhares de trabalhadores, mas na Usiminas o que se viu foi o caos espalhado por toda a usina e, mais uma vez, a demonstração da direção da empresa de que não está nem aí para a vida dos trabalhadores. A ordem foi dispensar os trabalhadores nos setores Administrativo 1 e 2, com exceção dos trabalhadores no turno, demonstrando que a sua preocupação é com a produção e seus lucros.
Enquanto a chefia ia embora, os trabalhadores não tinham nenhuma informação sobre a gravidade da situação e muito menos sobre qual ônibus levaria para o itinerário de casa.
A Usiminas, além de demonstrar total despreparo para enfrentar uma situação de emergência, mostrou que a sua urgência é proteger o lucro. Os riscos numa área como a siderúrgica são constantes e na Usiminas não há nenhum planejamento de evacuação caso seja necessário. O que vimos na sexta-feira, é que nem para informar os trabalhadores a direção da usina foi capaz, pois tentaram até o último momento manter a produção.
E o caos dentro da usina continua
No Alto Forno 2 ocorreu incêndio numa das plataformas o que mostra a falta de investimento em manutenção em equipamentos o que coloca em risco a vida dos trabalhadores.
E no Alto Forno 1 a situação também é das piores: o bandejamento elétrico está quase desabando sobre a cabeça dos trabalhadores, com linhas de transmissão de alta voltagem.
Na máquina de lingotamento contínuo nº 4 (MLC 4), os trabalhadores têm que operar sem o exaustor nos dois veios, num calor insuportável e desumano para o trabalhador.
Contribuição: Marko Ajdaric
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