Os resultados das eleições legislativas na Grécia, realizadas neste domingo (25), constituíram uma forte condenação do povo às políticas de direita do partido conservador Nova Democracia e da social-democracia tradicional, representada pelo Pasok. No governo, esses partidos levaram a efeito uma política antinacional e antipopular que conduziu a Grécia à ruína e o povo ao desespero.
Por José Reinaldo Carvalho*
Sob o tacão da União Europeia e dos organismos financeiros internacionais, especificamente o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional, o país tem vivido a longa noite da austeridade, que se traduz em bancarrota econômica e catástrofe social, com a perda de direitos e sistemáticos ataques aos trabalhadores, desemprego em massa e penúria generalizada. As políticas de ajuste e arrocho impostas à Grécia traduziram-se também em alienação da soberania nacional e das riquezas do país.
Esses partidos e essas políticas foram fragorosamente derrotados – este é o principal aspecto a assinalar dos resultados eleitorais.
Saliente-se que as eleições gregas foram realizadas sob pesada chantagem da União Europeia e da mídia conservadora, associando a vitória da esquerda a uma catástrofe ainda maior.
Conhecidos os resultados, aumenta o volume da orquestração pedindo moderação e entendimento. A União Europeia tudo fará para neutralizar a ação do novo governo e impedir a ruptura com suas políticas. Não admite que se arrede um milímetro do sacrossanto memorando que contém as medidas lesivas à soberania nacional e aos direitos do povo Por isso, mesmo antes de constituído o novo governo, a União Europeia advertiu que há “acordos anteriores a cumprir”.
Syriza, a coalizão de esquerda vencedora, capitalizou o profundo descontentamento do povo.. Conquistou 36 por cento dos votos e elegeu 149 deputados, apenas dois a menos que o necessário para constituir a maioria absoluta. Durante a campanha eleitoral, seu líder Alexis Tsipras- que será nomeado primeiro-ministro – comprometeu-se com uma plataforma de mudanças, contrária às políticas impostas pelo capital financeiro e a União Europeia.
O Partido Comunista da Grécia alcançou 5,5% da votação, elegendo 15 deputados. Credencia-se a reforçar a resistência e a luta em defesa dos interesses dos trabalhadores e pelo poder popular.
A vitória eleitoral da "Coalizão da Esquerda Radical" abre uma nova etapa na luta do povo grego que sob os governos da Nova Democracia e do Pasok viu-se diante de uma encruzilhada trágica.
Há momentos na história dos povos e das nações em que as meias medidas, as ambiguidades, as cedências conduzem a mais destruição e fracasso. Nitidez, verticalidade e frontalidade é do que o povo grego necessitará para enfrentar os obstáculos e as condicionalidades que a União Europeia, o sistema imperialista e os organismos econômicos e financeiros internacionais interporão na nova etapa que se abre. Tais obstáculos e condicionalidades vão além dos fatores econômicos. A Grécia é peça importante nos planos estratégicos dos imperialismos estadunidense e europeu e uma base militar do principal instrumento agressivo desses imperialismos – a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
Praticar uma política externa em antagonismo a essas forças, contribuir na luta contra o militarismo, o intervencionismo e por uma Europa de paz é um desafio estratégico para as forças progressistas, da mesma magnitude que a ruptura com as políticas econômico-financeiras neoliberais e conservadoras.
Superar a encruzilhada trágica, enfrentar os novos desafios são missões em que o povo grego contará com a solidariedade dos trabalhadores, dos povos e das forças progressistas, entre estas os comunistas, de todo o mundo.
*José Reinaldo é editor do Vermelho
Texto extraído do portal Vermelho
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