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Trabalhadores fecham mineradora

Geral, 16 de Janeiro de 2015 às 17:16h

Amapá: Trabalhadores da mineradora Zamin realizaram uma manifestação nesta quinta-feira (dia 15) para cobrar salários atrasados. Operadores portuários, operadores de manutenção e auxiliares de serviços gerais terceirizados fecharam a entrada da sede administrativa da empresa localizada no município de Santana, distante 17 quilômetros de Macapá, em um protesto que teve início na madrugada. Segundo eles, o atraso dos vencimentos chega a quase 5 meses, além do pagamento de férias e do 13º salário.

 Os operários também pedem esclarecimentos à empresa sobre a suspensão do vale alimentação, plano de saúde e assistência odontológica.

Um operador portuário que preferiu não se identificar disse que a categoria não recebeu o pagamento de dezembro de 2014 e nem as férias e 13º. Ele contou que procurou por várias vezes o setor de recursos humanos da empresa e foi informado de que não tinha previsão de regularização.

 "A gente está numa situação muito difícil. Nem reclamar podemos pois se a empresa descobrir põe na rua. Apenas queremos receber o que é nosso de direito", reclamou.

De acordo com o auxiliar de serviços gerais Júnior Souza, a situação é mais difícil para os terceirizados. Ele e outros 95 trabalhadores estão há quatro meses com salários atrasados e sem receber as férias de 2014 e o 13º.

 "A gente passou o Natal na pior porque não recebemos nada. Reclamamos para a empresa que nos contratou, mas eles falam que para pagar a gente a Zamin precisa fazer a transferência do dinheiro. Se não tivermos uma resposta vamos à Justiça do trabalho", informou.

O operador de usina Armando Batista disse que faz parte do grupo de mais de 400 trabalhadores que foram demitidos em 2014. Ele contou que cumpriu aviso prévio até dezembro, mas até o momento ainda não recebeu a indenização trabalhista.

Os desligamentos aconteceram em 2014 após a empresa anunciar "o término da capacidade de estocagem de minério de ferro, tanto em Pedra Branca do Amapari, município distante 183 quilômetros de Macapá, quanto em Santana, e o atraso nas obras de reconstrução do terminal de embarque de minério em Santana". A estrutura a que se refere a empresa desabou em 28 de março de 2013, arrastando caminhões, guindastes e o minério estocado para o rio. Quatro pessoas morreram e duas continuam desaparecidas.

Adaptamos de Rede Amazônica
Colaboração de Marko Ajdaric

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