Notícias

Metalúrgicos da Grande Curitiba podem parar as fábricas

Geral, 16 de Janeiro de 2015 às 15:11h

Os metalúrgicos da Grande Curitiba vão parar as fábricas caso venham a acontecer demissões nas empresas da categoria. Na tarde de segunda-feira, os cerca de 6.000 trabalhadores da fábrica da Renault, ma cidade de São José dos Pinhais, aprovaram, em assembleia, uma proposta neste sentido.

Durante os próximos dias, o Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba (SMC) puxa assembleias com os trabalhadores nas principais empresas da categoria para tratar da preservação dos empregos.

"Existe uma série de ferramentas à disposição das empresas para se evitar as demissões, tais como o layoff (suspensão de contrato de trabalho) e férias coletivas", afirmou o presidente do SMC, Sérgio Butka, acrescentando que empresas que receberam incentivos e isenções fiscais e tributárias do governo e que devem contrapartidas como a manutenção dos empregos estão, também, tentando demitir.

O temor dos metalúrgicos da Grande Curitiba acompanha os acontecimentos nacionais. Somente em São Paulo, principal polo da indústria automotiva no Brasil, foram mais de mil demissões desde o final do ano passado, o que levou trabalhadores da Mercedes-Benz e da Volkswagen no ABC Paulista a cruzarem os braços.

Somente no ano passado foram demitidos 1.438 metalúrgicos que trabalhavam para a Renault Nissan, Volkswagen e Volvo no Paraná, segundo dados do SMC. Além disso, outros 1.270 trabalhadores da Volks foram atingidos por regimes de lay-off e férias coletivas. Para este ano, a expectativa é de mais dias difíceis, segundo o presidente do sindicato.

"Desde o ano passado as demissões estão atingindo o Paraná. Tivemos em 2014 quase 3 mil trabalhadores desempregados e nossa previsão é que em 2015 isso também vai acontecer", afirma. "Entendemos que a economia neste ano vai andar de lado. Os empregos serão um desafio das atividades sindicais e teremos de buscar alternativas. Tem que ter também o bom senso das empresas", complementa.

"Temos que entender que passamos os últimos anos dando incentivos, com o IPI reduzido, para que as empresas pudessem vender. Contudo, elas não garantiram emprego. É necessário que os governos passem a ter uma visão diferente das isenções que oferecem", reclamou Butka.

Fonte: adaptamos de Bem Paraná
Contribuição de Marko Ajdaric

Outras Notícias

Acesso restrito

Boletim Online

Cadastre-se e receba nossos boletins.

Parceiros