Artigo de Paulo Ormindo de Azevedo
Imaginem uma cooperativa gigante com faturamento de R$154 bilhões que atua na construção e gestão de portos, ferrovias, rodovias, aeroportos, redes de saneamento, abastecimento, educação, saúde, lazer e cultura. Para que esta empresa funcione sem conflitos e seja competitiva deveria ter quadros qualificados e o controle de um conselho realmente representativo de seus 14,6 milhões de associados. Se essas condições não existirem,grande parte de seus dividendos vai para o ralo, em detrimento dos pequenos associados.
Esta cooperativa se chama Estado da Bahia. Historicamente os governantes baianos sempre foram avessos ao planejamento, porque achavam que ele limita o 'toma lá dá cá” politico. Mas há uma contradição. Sem mostrar resultados,o administrador tem vida curta. Antonio Carlos Magalhães se projetou executando o plano engavetado do Epucs, embora não propiciasse outros planos.
O planejamento sempre correu por fora do estado. Mário Leal Ferreira era um profissional liberal que propos a realização de um plano para Salvador e um prefeito esclarecido o contratou. O porto, o Centro Industrial de Aratu e o Polo Petroquímico foram propostas de Romulo Almeida cooptadas pelo estado. Para desenvolver esses projetos ele criou a Comissão de Planejamento Econômico. Mais tarde, sem apoio do governo, criou a holding Clan para introduzir a siderurgia na Bahia. A recente publicação de seu acervo técnico não foi uma iniciativa do estado, senão da FIEB.
Embora os governantes nunca valorizassem o planejamento, a Bahia já teve alguns centros técnicos de excelência, como o Departamento de Estradas da Bahia, DERBA, que reunia os mais qualificados geólogos, engenheiros civis, estruturalistas e arquitetos do estado e um avançado laboratório reconhecido nacionalmente.
O DERBA possuía residências regionais que conservavam estradas e prevenia acidentes naturais. Como não admitia intervenção política em soluções técnicas, foi esvaziado e substituído pelo Consorcio Rodoviário, um lobby das empreiteiras. Não vou falar da Conder, que não produziu grande coisa, porque se submetia servilmente aos políticos e deixou de planejar na década de 90.
O governo federal tinha na Bahia centros de operação do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem e do DNOCS Departamento Nacional de Obras contra a Seca, que com a onda neoliberal foram também esvaziados. Hoje, o governo federal tem na província apenas 300 engenheiros e o estado menos ainda, segundo o assessor da Seplan, Paulo Henrique de Almeida.
O resultado deste desmonte é a lamentável situação do semiárido baiano e o baixo nível das obras públicas entre nós, de que são mostras a Ferrovia Leste Oeste, o metrô de Salvador, a buraqueira e o desmoronamento das estradas, a desarticulação do viaduto e túnel da Soledade e a macarronada do Abacaxi/Cabula, que piorou a transito ao nível do solo.
A partir de meado dos anos 80, planejamento virou palavra feia. Para a direita, sinônimo de estatismo, para a esquerda, tecnocracia. Com a derrubada do autoritarismo, derrubaram de sobra o estado e deu no que deu: violência, deterioração da vida urbana, abuso do poder econômico e crise de governabilidade. A grita das ruas não é por vinte centavos: é pela participação, representatividade, proficiência, serviços de qualidade e transparência.
Temos que compreender que as conquistas protagonizadas por Romulo Almeida.como a criação da Petrobrás, da CHESF, do Banco do Nordeste e as já citadas na Bahia tiveram uma base técnica robusta que não se logra com o aparelhamento e projetos descolados da realidade.
Estamos perdendo competividade para estados como Minas, Rio e Pernambuco por não termos nenhum centro de pensamento estratégico, como as fundações João Pinheiro, Getúlio Vargas e Joaquim Nabuco. No inicio da atual administração os movimentos 'A Cidade Também é Nossa” e 'Vozes de Salvador” propuseram ao governador a transformação da FLEM no Instituto Romulo Almeida com este perfil. Esta seria a melhor homenagem do governo da Bahia ao planejador e à inteligência baiana.
Texto publicado em A Tarde
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