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A indústria de máquinas corta 10.600 postos, no Brasil

Geral, 04 de Dezembro de 2014 às 13:17h

O ajuste da indústria de máquinas e equipamentos à demanda fraca neste ano, combinada à concorrência com os importados, representou um corte de 10.600 empregos em todo o país até outubro, segundo balanço divulgado no dia 26 pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq, entidade patronal).
 
Só em Minas Gerais, poderão ser eliminados 3.000 postos de trabalho até dezembro, uma perda estimada em 12% do quadro de pessoal que as empresas mantinham no início de 2014, cerca de 25.000 trabalhadores. As fábricas mineiras sofrem mais os efeitos do baixo crescimento da economia brasileira e da falta de competitividade, uma vez que mais da metade da receita do negócio depende das encomendas das mineradoras, siderúrgicas e cimenteiras, principal segmento responsável pelo desempenho ruim da chamada indústria de bens de capital.
 
As demissões estão ocorrendo entre os empregados diretos da indústria de máquinas, que segundo o diretor da Abimaq, Mário Bernardini, são poupados ao máximo, diante do custo do treinamento para as empresas. Em outubro, elas empregavam 244.700 pessoas. Agrava a situação o fato de se tratar de empregos com salário médio de R$ 2.500 no setor. O rendimento médio, descontada a inflação, dos trabalhadores com carteira assinada no setor privado foi de R$ 1.917,20 no mês passado, de acordo com o IBGE.
 
"As empresas vão continuar fazendo ajustes e num cenário recessivo a tendência é de uma perda maior de empregos", disse o diretor da Abimaq. .
 
Adaptamos texto do jornal Estado de Minas, de Belo Horizonte
Contribuição de Marko Ajdaric

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