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Minas Gerais pode se tornar uma potência mundial em siderurgia

Geral, 21 de Novembro de 2014 às 16:56h

Apesar do cenário adverso enfrentado pelas siderúrgicas nacionais, o Brasil poderá chegar a 2032 como uma das potências globais do setor, sobretudo Minas Gerais, que é o principal polo do país.

 
Porém, é preciso eliminar os gargalos internos e aproveitar a demanda reprimida para impulsionar a atividade nos próximos anos.
 
Isso porque as usinas brasileiras enfrentam um momento de arrefecimento do consumo doméstico e de baixa competitividade, em função de problemas tradicionais, como a elevada carga tributária e a falta de infraestrutura, entre outros.
 
Para se ter uma ideia, o país convive hoje com uma sobra de capacidade de 73% em relação à demanda interna. Ou seja: o setor pode produzir 48,9 milhões de toneladas/ano de aço bruto, mas o consumo previsto para 2014 é de 28,2 milhões de toneladas, o que gera uma sobra de 20,7 milhões de toneladas.
 
Como se não bastasse, é verificada atualmente uma sobreoferta de capacidade da ordem de 500 milhões de toneladas de aço. Por isso, impulsionar o consumo interno é uma das poucas soluções, pelo menos no médio prazo para impulsionar o setor.
 
O presidente-executivo do Instituto Aço Brasil (IABr), Marco Polo de Mello Lopes, explica que, ao contrário de países desenvolvidos, o Brasil ainda necessita de uma série de investimentos, como, por exemplo, em mobilidade urbana e infraestrutura rodoviária, que podem impulsionar a demanda por produtos siderúrgicos: 'acredito que é bastante razoável imaginar que a siderurgia terá um papel fundamental nisso por pelo menos mais de 15 anos'.
 
Para se ter uma ideia, o consumo per capita de produtos siderúrgicos no Brasil em 2013 foi de 131,4 toneladas. Este volume está abaixo da media mundial, que foi de 216,9 toneladas no período. Além disso, a demanda interna está bem inferior à de países desenvolvidos, como o Japão (515,1 toneladas) e Coreia do Sul (1.057 toneladas).
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            Preparadas</b> - Lopes lembra que as usinas brasileiras estão preparadas para atender este aumento de capacidade. E explica que a empresas vêm investindo pesado em administração interna, redução de custos e melhoria de produtividade, entre outros.
 
Ainda de acordo com o presidente da entidade, as siderúrgicas nacionais já aportaram US$ 20 bilhões desde 2008 em aprimoramento.
 
Adaptamos de Diário do Comércio

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