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Taxa de sobrevivência das empresas é a maior em cinco anos, diz IBGE

Geral, 02 de Outubro de 2014 às 15:23h

A taxa de sobrevivência das empresas em 2012, em relação ao ano anterior 1, foi de 81,3%, ligeiramente acima do patamar verificado em 2011 (80,8%) e o maior desde 2008 (78,2%). Já a taxa de entrada ficou em 18,7%, a menor desde 2008 (21,8%), enquanto a taxa de saída foi de 17,4%, acima apenas da verificada em 2010 (16,3%). É o que revela o estudo Demografia das Empresas, que analisa a dinâmica empresarial brasileira.
 
O estudo mostra também que, enquanto 97,2% dos assalariados estavam nas empresas sobreviventes, 2,8% estavam nas empresas entrantes e 1,3% nas que saíram do mercado, percentuais que variaram pouco entre 2008 e 2012. As empresas que entraram e que saíram do mercado ocuparam pessoal assalariado sem nível superior (93,8% e 94,2%, respectivamente) acima do observado para o conjunto das empresas (89,5%).
 
Construção foi a atividade que apresentou as maiores taxas de entrada (27,1%), enquanto Outras atividades de serviços mostraram as maiores taxas de saída (26,2%). Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas foi a atividade que apresentou os maiores ganhos de pessoal assalariado vinculados às entradas de empresas no mercado (281,0 mil).
 
Já as empresas de alto crescimento, aquelas cujo pessoal assalariado tenha crescido pelo menos 20% ao ano por um período de três anos e que tenham pelo menos dez assalariados no ano inicial de observação, representaram 7,6% das empresas com dez ou mais assalariados, taxa inferior à apresentada nos anos anteriores. Estas empresas foram responsáveis, em 2012, por 3,3 milhões (58,3%) dos 5,7 milhões de postos de trabalho gerados entre 2009 e 2012, destacando-se as Indústrias de transformação (691,4 mil) e Atividades administrativas e serviços complementares (671,6 mil).
 
As empresas que entraram em atividade em 2012 apresentaram um impacto significativo no estoque de empresas, com taxa de entrada de 18,7% (860,0 mil) e responderam por um acréscimo de 5,0% (2,0 milhões) nas pessoas ocupadas e de 2,8% (950,5 mil) nas pessoas assalariados. Já as empresas que saíram do mercado, com taxa de 17,4% (799, 4 mil), representaram queda de 3,6% (1,5 milhão) nas pessoas ocupadas e 1,3% (453,1 mil) no pessoal assalariado, registrando, contudo, um número maior de entradas em relação ao total de saídas. As empresas sobreviventes representaram 81,3% (3,7 milhões) das empresas ativas, tendo sido responsáveis por 95,0% (38,6 milhões) do pessoal ocupado e 97,2% (33,0 milhões) do pessoal assalariado.
 
O saldo de empresas tem sido sempre positivo, com um número maior de entradas em relação ao de saídas. Na comparação com 2011, houve acréscimo de 1,3% no número de empresas (60,6 mil), de 3,4% no pessoal ocupado (1,4 milhão) e de 3,7% nos assalariados (1,2 milhão).
As atividades econômicas que mais se destacaram nas entradas e saídas de empresas no mercado em 2012 foram Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas com 372,8 mil e 390,2 mil empresas (43,3% e 48,8%) e Indústrias de transformação com 65,1 mil e 64,6 mil (7,6% e 8,1%), respectivamente. Com relação à sobrevivência, 48,1% das empresas (1,8 milhão) estavam em Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas e 9,9% (370,9 mil) na Indústria de Transformação.
 
Com relação às taxas de entrada e saída do mercado, as maiores taxas de entrada foram observadas em Construção (27,1%), Eletricidade e gás (26,0%) e Atividades imobiliárias (25,2%), e as menores, em Indústrias de transformação (14,9%), Saúde humana e serviços sociais (16,9%) e Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (17,2%), que são as atividades que apresentaram as maiores taxas de sobrevivência de empresas, respectivamente 85,1%, 83,1% e 82,8%. Por sua vez, as maiores taxas de saída foram observadas em Outras atividades de serviços (26,2%), Informação e comunicação (19,8%) e Alojamento e alimentação (19,0%), e as menores, em Saúde humana e serviços sociais (10,1%), Atividades imobiliárias (12,5%) e Educação (13,3%).
 
Homens eram maioria em todos os tipos de eventos demográficos
 
Em 2012, 62,8% do pessoal ocupado assalariado das empresas ativas e sobreviventes eram homens e 37,2% eram mulheres. Com relação ao pessoal assalariado vinculado à entrada de empresas no mercado em 2012, 61,4% eram homens, enquanto 38,6% eram mulheres. Com relação àqueles ligados às empresas que saíram do mercado, 57,7% eram homens e 42,3% mulheres.
 
Em relação à escolaridade, 89,5% do pessoal assalariado das empresas ativas não tinham nível superior, enquanto 10,5% tinha essa escolaridade. As empresas sobreviventes apresentavam 89,4% do pessoal assalariado sem nível superior e 10,6% com nível superior. Com relação ao pessoal assalariado vinculado à entrada de empresas no mercado, 93,8% não tinham nível superior, enquanto 6,2% tinham nível superior. Já àqueles ligados às empresas que saíram do mercado era composta por 94,2% de assalariados sem nível superior e 5,8% com nível superior.
 
Sudeste e Nordeste apresentaram os maiores ganhos de pessoal ocupado assalariado pela entrada de empresas no mercado. Do total de 5 milhões de unidades locais, 4,1 milhões eram sobreviventes em relação a 2011 (81,2%) e 939,8 mil eram referentes às entradas (18,8%). Já as saídas totalizaram 857,7 mil unidades (17,2%).
 
As regiões Sudeste e Sul apresentaram as maiores taxas de sobreviventes (82,4% e 81,5%, respectivamente) acima da média nacional (81,2%). Com relação às entradas, as maiores taxas foram observadas nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste (24,2%, 21,2% e 21,0%), que foram as regiões com as menores taxas de sobrevivência (75,8%, 78,8% e 79,0%), respectivamente. As maiores taxas de saída foram verificadas nas regiões Norte e Nordeste (20,9% e 19,7%).
 
Em relação à distribuição do pessoal ocupado assalariado gerado pela entrada de empresas em 2012, as regiões Sudeste e Nordeste foram as que apresentaram os maiores ganhos de assalariados, 742,7 mil (47,9%) e 303,5 mil (19,6%), respectivamente. Dentre as unidades da federação, os destaques foram: São Paulo (26,3%), Rio de Janeiro (10,2%) e Minas Gerais (9,6%). Os menores ganhos em pessoal assalariado, vinculados às entradas, foram observados em Roraima e Amapá (0,2%), Acre (0,3%) e Tocantins (0,5%).
 
Empresas de alto crescimento ocupam 15,6% dos assalariados
 
Em 2012, as 35,2 mil empresas de alto crescimento ocuparam 5,3 milhões de pessoas assalariadas e pagaram R$ 108,8 bilhões em salários e outras remunerações. O salário médio mensal foi de R$ 1.782,46 (2,9 salários mínimos). Representavam 0,8% do total das empresas, ocupando 13,2% do pessoal total, 15,6% dos assalariados e pagando 14,4% das remunerações.
 
Com relação às empresas com dez ou mais assalariados, as empresas de alto crescimento representaram 7,6% dessas empresas, 18,5% do pessoal ocupado total, 18,8% do pessoal ocupado assalariado e 16,1% dos salários e outras remunerações. Pagaram salários médios de 3,2% abaixo da média do valor pago pelas empresas com dez ou mais pessoas assalariadas (R$ 1.842,09). 90,7% dos assalariados das empresas de alto crescimento não têm nível superior e recebem 72,7% dos salários pagos.
 
A representatividade dos homens no pessoal assalariado nas empresas de alto crescimento (66,5% contra 33,5% de mulheres) foi superior à do conjunto das empresas (62,8% contra 37,2% de mulheres). Em relação ao total de salários e outras remunerações no alto crescimento, 73,9% foram para os homens e 26,1% para as mulheres, e considerando o total das empresas, 70,6% foram pagos aos homens e 29,4% às mulheres. O salário médio mensal no alto crescimento foi de R$ 1.965,07 para os homens e R$ 1.405,38 para as mulheres, uma diferença de 28,5%. No total de empresas, o salário médio mensal foi de R$ 1.924,12 para os homens e R$ 1.378,03 para as mulheres, uma diferença de 28,4%.
 
Entre o pessoal assalariado nas empresas de alto crescimento, 90,7% não tinham nível superior, patamar semelhante ao do conjunto das empresas (89,5%). A parcela de salários e outras remunerações do pessoal assalariado sem nível superior nas empresas de alto crescimento foi de 72,7%. Já para o total das empresas, 69,3% dos salários e outras remunerações foram pagos ao pessoal assalariado sem nível superior. O salário médio mensal dos assalariados sem nível superior nas empresas de alto crescimento foi de R$ 1.428,78 e do pessoal com nível superior R$ 5.181,63, uma diferença de 262,7%. No total das empresas a diferença foi de 272,8%. Destaca-se, no entanto, que os salários médios pagos pelas empresas de alto crescimento são mais elevados.
 
Dos 3,3 milhões de novos assalariados entre 2009 e 2012 nas empresas de alto crescimento, 75,6% ou 2,5 milhões estavam em Indústrias de transformação (20,9%), Atividades administrativas e serviços complementares (20,3%), Construção (17,6%), e Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (16,8%).
 
Fonte: IBGE

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