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Metalúrgicos da Embraer ameaçam entrar em greve

Geral, 29 de Setembro de 2014 às 17:28h

Os trabalhadores da Embraer rejeitaram, em assembleia realizada na quarta-feira, dia 24, a proposta de reajuste salarial apresentada pela direção empresa, informou a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.

Em negociação, o grupo patronal do setor aeronáutico, liderado pela Embraer, propôs um reajuste de 5,35%, mas os trabalhadores reivindicam um aumento de no mínimo 10%.
Esse patamar de aumento será apresentado em contraproposta na próxima rodada de negociações, que são realizadas na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).
 
O presidente do sindicato, Antônio Ferreira de Barros, não descarta uma paralisação, se não houver avanços. "O sindicato está aberto a negociação, mas se a Embraer continuar com essa proposta rebaixada, vai ter paralisação", disse, em nota. Um aviso de greve já foi protocolado na sede da FIESP, no dia 15 de setembro.
 
Os trabalhadores afirmam que, se as negociações não avançarem e eles decidirem pela greve, os planos da Embraer de entregar o primeiro KC-390 para o Ministério da Defesa, programado para outubro, podem sofrer atraso.
 
A proposta patronal não cobre a inflação dos últimos 12 meses (setembro de 2013 a agosto de 2014), fechada em 6,35% pelo INPC, e não reflete a evolução dos lucros da empresa. "A Embraer tem total condição de conceder até mais do que os trabalhadores estão reivindicando. É uma empresa metalúrgica que goza de plena saúde financeira, assinando novos contratos a cada dia. Os trabalhadores vão cobrar a empresa nesta campanha salarial", acrescentou Barros.
 
Metalúrgicos de outras cinco fábricas já conquistaram os 10% de reajuste e houve empresas que fecharam acordos ainda mais altos, com 10,5% e 11%. Ao todo, seriam dez fábricas com acordos fechados.
Além do aumento real de salário, os trabalhadores da Embraer reivindicam redução da jornada, estabilidade no emprego, combate a assédio moral, revisão do PCS e congelamento dos preços do convênio médico.
 
A Embraer hoje conta com aproximadamente 14.000 trabalhadores em São José dos Campos. Foram realizadas assembleias com funcionários do primeiro turno da produção e do setor administrativo, o que provocou atraso de uma hora na entrada dos trabalhadores.
 
Fonte: A Tarde
Colaboração: Marko Ajdaric

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