Notícias

Setor Automotivo: Quanto (não) vale a vida humana para a GM

Geral, 24 de Setembro de 2014 às 16:29h

A General Motors (GM) aceitou indenizar 19 mortes devido a um defeito de projeto na chave de ignição. 
 
Este e otros defeitos levaram a GM a realizar o maior recall de todos os tempos: 30.000.000 carros. Anteriormente, a multinacional admitia apenas 13 mortes relacionadas ao problema, mesmo havendo 125 processos por mortes ligados a falha na ignição, e mais de 320 feridos.
 
Para Camille Biros, gestora do fundo da GM de indenização das vítimas, o aumento do número de mortes ocorreu devido à investigação levar em consideração maiores evidências. "O critério que a GM utilizou para sua apuração foi o padrão de engenharia da empresa (sic). Temos um critério muito mais amplo, que estamos aplicando", afirmou Biros.
 
Ainda não foi divulgado o nome das famílias indenizadas, bem como suas respectivas indenizações. O procurador Ken Feinberg está analisando a possível indenização das outras 106 mortes, do total de 125, e 308 feridos, de um total de 320, nos acidentes envolvendo a falha de ignição, apurados até então.
 
O problema é conhecido pela empresa desde 2001, porém - para evitar custos - o recall foi iniciado apenas no mês de fevereiro deste ano. Um estudo da Friedman Research, organizado entre 2002-2012, afirma que as vitimas fatais do erro de projeto totalizaram 303.
 
O defeito nos modelos Cobalt e Ion provoca o desligamento da ignição do carro 'inesperadamente' e, em consequência, pane dos freios e do airbag. O problema poderia ser solucionado com apenas US$ 0,57, porem a General Motors seguiu vendendo os carros defeituosos por mais de uma década para 'evitar custos', mesmo que isso implicasse em mortes e acidentes para os seus clientes.
   
Marko Ajdaric, adaptado de Hora do Povo
 

Outras Notícias

Acesso restrito

Boletim Online

Cadastre-se e receba nossos boletins.

Parceiros