Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos e Mineradores da Bahia

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Apreensão toma conta dos metalúrgicos do Sul Fluminense

Geral, 04 de Setembro de 2014 às 17:26h

Os trabalhadores da indústria automobilística de Resende, na região Sul Fluminense, sentem os efeitos do momento nacional. 
 
De três montadoras presentes na região, uma, a PSA Peugeot-Citroën, lançou um PDV, ao qual aderiram 622 operários, e a MAN suspendeu o contrato de cerca de 100 colaboradores, até dezembro. No período, eles participam de um curso de qualificação profissional. A Peugeot havia provocado o mesmo afastamento no início do ano, só que as pessoas não teriam voltado ao trabalho. Foram 650 trabalhadores com contratos suspensos.
 
O Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense avalia a situação como o resultado de uma crise nacional, que se reflete na região.
 
A PSA, depois da exigência dos metalúrgicos, deu uma compensação financeira para quem aderiu ao PDV. Entre outros, está o pagamento de um salário por cada ano trabalhado. Exemplo: um operário que estava na empresa há dez anos com um salário de R$ 2.000, receberá equivalente a 10 salários (R$ 20.000), além dos direitos trabalhistas. O valor mínimo da compensação é de R$ 4.050", informa o sindicato, através de nota.
 
A Peugeot também pagou R$ 250 por membro da família de cada trabalhador para que ele contrate um plano de saúde por seis meses. O operário casado e com dois filhos, por exemplo, recebeu R$ 1.000 mensais para um período de 6 meses (R$ 6.000, no total). A empresa também disponibiliza um curso de empreendedorismo para os empregados e oferece ajuda para a formatação de currículos e encaminhamento a outras empresas.
 
 
“Quando se instalou em Porto Real, o grupo PSA acreditava atingir 9% do mercado brasileiro, o que não ocorreu. Hoje, a PSA Peugeot-Citröen tem entre 4% a 5% do mercado nacional. Isso acontece porque a empresa não produz carros populares, afirmou Renato Soares, presidente do sindicato.
 
A Volkswagen também afastou 189 trabalhadores de uma terceirizada na região, por cinco meses, segundo o sindicato.
 
(A situação da MAN já foi divulgada em notícia específica pelo site da FETIM Bahia)
 
Marko Ajdaric, adaptado do Jornal do Brasil
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