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Gerdau é condenada por jornada irregular

Geral, 28 de Agosto de 2014 às 16:14h

Mais uma prova de que a Gerdau desrespeita as leis não só aqui na Bahia, mas em outras partes do Brasil. A empresa foi condenada em Minas Gerais por praticar uma jornada de trabalho excessiva. A carga horária era superior a 8 horas, nas unidades de Ouro Branco, Ouro Preto e Itabirito (MG), para os empregados que trabalham em regime de turno de seis horas. A conduta irregular vinha sendo praticada pela indústria há mais de cinco anos.

 
Para manter as fábricas em operação por 24 horas, os empregados trabalham em regime de Turno Ininterrupto de Revezamento, cujo limite fixado pela Constituição Federal é de 6 horas diárias. Segundo denúncias dos sindicatos dos metalúrgicos, a Gerdau utiliza o pagamento de adicional de turno para pressionar os trabalhadores a aceitarem acordos coletivos de trabalho para jornadas de oito horas diárias.
 
“A Gerdau prorroga a jornada de 8 horas em mais de duas horas extras diárias, não respeitando ainda o intervalo mínimo de 11 horas entre duas jornadas de trabalho, um típico abuso do poder diretivo”, afirmou o procurador do Trabalho Aloísio Alves, autor da ação.
 
A decisão restringe a prorrogação do expediente apenas em situações excepcionais, não podendo ultrapassar o limite de 10 horas diárias de trabalho, além de obrigá-la a conceder intervalo mínimo de 11 horas entre duas jornadas e descanso semanal remunerado aos empregados. Multa de R$ 3 mil será cobrada em caso de descumprimento. A medida vale para todos os estabelecimentos da Gerdau no país.
 
 
Usiba/Simões Filho
Na Gerdau Usiba recentemente houve uma tentativa de modificar a jornada de trabalho dos funcionários do setor de Expedição, com a implantação de uma jornada noturna excessiva que é prejudicial à saúde do trabalhador, situação rejeitada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Simões Filho.
 
A condenação da Gerdau em Minas Gerais vem motivar ainda mais os trabalhadores de Simões Filho, para que intensifiquem a luta por melhores jornadas de revezamento. Segundo o Sindicato, na Usiba ainda são praticadas escalas em que o trabalhador faz 54 horas na semana, situação da turma K/L.
 
Por isso, o Sindicato espera que o próximo acordo de jornada de trabalho (o atual vence em dezembro), seja benéfico para os funcionários da Usiba, no sentido de combater essa clara exploração, dando um basta e fazendo a Gerdau cumprir a legislação trabalhista.
 
Com informações do Ministério Público do Trabalho em Minas Gerais

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