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A indústria naval brasileira está consolidada

Geral, 18 de Agosto de 2014 às 14:10h

O crescimento da indústria naval brasileira em torno de 19,5% ao ano desde 2000, somado a investimentos que alcançam quase R$ 150 bilhões, consolidaram o setor no país. A opinião é do coordenador do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Carlos Campos Neto: 'esses investimentos significam que a indústria naval está consolidada no país'.
 
Com base em contratos já firmados ou previstos para o desenvolvimento do pré-sal e também sobre as descobertas e perspectivas para águas profundas no Nordeste, Campos Neto disse  que há demanda para investimentos no setor pelos próximos 25 anos. "Existe demanda para a indústria naval para os próximos 25 anos', disse. Segundo um estudo do IPEA sobre o ressurgimento da indústria naval no Brasil, a demanda identificada para esse período está em torno de R$ 220 bilhões.
 
O estudo do IPEA foi apresentado no dia  14 na Marintec South America – 11ª Navalshore, no Rio de Janeiro. Esse é considerado o principal encontro estratégico para a indústria naval e 'offshore' da América Latina. O evento engloba representantes de mais de 17 países, 380 marcas expositoras e 12 pavilhões internacionais.
 
Carlos Campos Neto salientou a importância dos investimentos da Petrobras no processo de retomada do setor naval. 'O que fez ressurgir a indústria naval e o que vai sustentá-la pelos próximos 25 anos é fortemente a indústria de petróleo e gás offshore (exploração em alto mar)', comentou. O estudo mostra que o apogeu da indústria naval brasileira ocorreu na década de 1970, iniciando-se declínio nos anos 1980, até quase a extinção do setor, na década seguinte. O economista avaliou que os erros cometidos no passado, entre os quais se destaca a gestão do Fundo de Marinha Mercante (FMM), não serão repetidos. 'Eles não estão sendo cometidos'.
 
Campos Neto salientou que a indústria naval brasileira não será competitiva, porém, em todos os segmentos. Na área da construção de navios petroleiros, por exemplo, o Brasil não vai conseguir concorrer, em termos de preços e custos, com a China ou a Coreia. Por outro lado, o Brasil vai bem na produção de embarcações de apoio, plataformas offshore e navios sondas. 'Nosso nicho de mercado, onde o Brasil tem se estruturado e desenvolvido melhor, é nesses três segmentos, que têm muita tecnologia embarcada, o que é muito bom'.
 
Colaboração: Marko Ajdaric, com informações da Agência Brasil

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