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Queda nas vendas de veículos e demissões no Sul e Sudeste do país

Geral, 15 de Agosto de 2014 às 15:11h

 
A queda nas vendas de veículos tem provocado uma onda de missões no setor metalúrgico brasileiro. Se em Camaçari o Sindicato consegue manter a empregabilidade na base de muita luta e negociação, outras plantas, principalmente no Sul e Sudeste do país, estão sofrendo com o desemprego.
 
O caso mais recente é o da Benteler, em São Paulo. A empresa demitiu no começo da semana 120 trabalhadores de uma única vez, alegando cortes por causa dos volumes baixos na produção. 
Segundo levantamento do site G1, juntas, Ford, Volkswagen, Mercedes-Benz e Man Latin America suspenderam temporariamente os contratos de 2,8 mil funcionários este ano. As férias coletivas foram o recurso mais usado pelas montadoras até então: muitas pararam durante a Copa do Mundo, abriram planos de demissão voluntária (PDV) e reduziram turnos e jornadas de trabalho com banco de horas.
 
As estatísticas não são nada animadoras. Entre junho e julho, houve queda de 8,6% na venda de veículos e redução de 17,4% da produção. E os pátios seguem lotados, com 382,6 mil unidades paradas no fechamento de julho.
 
Segundo a reportagem do G1, a Mercedes-Benz adotou o lay-off para 1,2 mil funcionários da planta de São Bernardo do Campo (SP), além de restringir a produção de caminhões a apenas um turno e ter um PDV aberto até 25 de agosto. Mais de 150 funcionários da unidade de Juiz de Fora (MG) ficarão afastados por cinco meses.Já a GM abriu PDV para as unidades de São Caetano do Sul e São José dos Campos, em São Paulo. A Ford tem um PDV aberto desde novembro de 2013 e recentemente suspendeu contratos em Taubaté, também em São Paulo, por cinco meses. A unidade já havia concedido férias coletivas para 80% da força de trabalho, em junho. Também em Taubaté, a Volkswagen concederá férias coletivas para empregados do setor produtivo por 10 dias a partir de 25 de agosto. Na Renault, cerca de 4 mil funcionários tiveram férias coletivas. A fabricante também suspendeu o terceiro turno em São José dos Pinhais (PR), desde 14 de julho.
 
Bahia: Camaçari mantém empregos
 
Em Camaçari, o Sindicato dos Metalúrgicos conseguiu evitar demissões em massa. 
 
O acordo fechado por 2 anos com o Complexo Ford garantiu estabilidade nos momentos mais críticos da economia. Os trabalhadores comemoram uma série de avanços, como pagamento de abono de R$ 3.277,00, quase R$ 15 mil de PLR, implementação do novo Plano de Cargos e Salários e aumento real de salários. “A função 62 chegará este ano ao teto salarial de R$ 2.530,00 e o 63 a R$ 3.024,00). Tudo isso, é fruto na nossa dedicação em evitar que o desemprego, que devasta outras regiões do país, chegue a Camaçari. No Brasil, já são mais de 29 mil trabalhadores demitidos”, alerta Júlio Bonfim, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari. 
Além disso, o trabalhador em Camaçari tem outros motivos para celebrar. Na área da educação, um projeto do Sindicato tem oferecido aulas preparatórias para o ENEM e concursos públicos. Professores renomados, como Jorge Portugal e Pasquale Cipro Neto participam da iniciativa. 
Já na área do lazer, a grande novidade aguardada para este ano é a inauguração do Metal Clube, a poucos metros da praia de Jauá. Com estrutura completa como piscinas, quadras, restaurante etc, o espaço será importante opção de confraternização da categoria. 

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