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Revolta de mineiros, em Moçambique

Geral, 08 de Agosto de 2014 às 15:33h

Operários da extinta companhia estatal Magma ( Minas Gerais de Moçambique ) ocuparam - na quarta-feira - as instalações da mina de tantalita explorada pela empresa sul-africana Tan Mine em Muiane, na província de Zambézia, no centro de Moçambique, para reivindicar compensações devidas pelos anos de trabalho.
 
O grupo, de cerca de 900 ex-mineiros, munidos com catanas e azagaias, invadiu a mina no cume do monte Muiane, fechou os escritórios e expulsou os trabalhadores da Tan Mine, de capitais canadensess, para forçar o governo a uma nova negociação sobre suas compensações e indenizações.
 
"Quando do pagamento das compensações, alertámos o governo sobre erros de cálculo dos valores e este garantiu que a situação seria corrigida. Para nosso espanto, hoje o mesmo governo diz não ter nada a negociar", declarou por telefone Zacarias Micarepiro, o líder dos trabalhadores, assegurando que 'a desocupação da mina acontecerá mediante os pagamentos'.
A Magma foi fechada durante a guerra civil, terminada em 1992, com dívidas de seis meses de salários com os trabalhadores
 
O governo viria a extinguir a empresa, após um acordo em 2009 com os ex-trabalhadores para o pagamento de indemnizações e compensações a mais de 2.000 mineiros, com valores entre 420 euros e 743 euros.
 
O governo não teria avaliado o cálculo do tempo de serviço de cada operário, sua remuneração e o cargo que ocupava durante a produção da mina, o que resultou na "injustiça dos pagamentos", disse um líder dos mineiros.
 
Na semana passada, o governo enviou a Muiane uma equipe multi-setorial para negociar com a comissão dos ex-trabalhadores e pedir-lhes para não usar 'vandalismo', após a ameaça de impedir a exploração da mina.
 
Colaboração: Marko Ajdaric, com informações da agência de notícias portuguesa Lusa

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